(para você Baturité) em 18/7/2010.
Autora: Gracinda Calado
A minha terra é como uma mulher madura,
cujos cabelos longos dourados pelo sol,
despenteiam-se ao vento do meio dia!
A minha terra é como um sacrário santo
onde o profano não tem vez nem cor,
pois ela é santa, serena e cheia de amor!
A minha terra é como uma noiva enfeitada,
ornada de flores e florestas tropicais
que exalam o mais fino e puro odor!
A minha terra é o broto antigo do ventre,
gestada nos grotões virgens da mãe natureza,
onde deus germinou as sementes eternas!
A minha terra é o útero onde fui gerada
o berço que me embalou na infância
a testemunha fiel do amor que arde em mim!
A minha terra é o óleo santo que me batizou
no altar da santa padroeira mãe de deus,
que me casou, me acolheu e me abençoou!
A minha terra é o meu coração sempre aberto,
sempre cheio de visões e mil recordações de amor,
onde escorre o sangue verde das suas verdes matas!
A minha terra é a minha própria alma purificada,,
a energia pura, cristalina das mil cascatas,
que jorram sem parar do seio virgem da terra mãe!
A minha terra, é a minha morada, a terra dos meus filhos,
que choraram em seu seio o primeiro choro da vida,
sentiram o primeiro e único cheiro de deus!
A minha terra é a força da magia singular,
representada nas curvas sinuosas das montanhas,
que se estendem como verdes e claros lençóis!
A minha terra é o monte mor, amor antigo,
é a força voraz do bravo índio verdadeiro,
é Baturité meu único e grande amor primeiro!
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